No 2º dia de julgamento, Moraes fala em “batonzinho na estátua”

Nesta quarta-feira (26), segundo dia do julgamento que analisa a denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por suposta tentativa de golpe de Estado, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou o termo “batonzinho na estátua”.

O magistrado mostrou um vídeo com imagens dos atos do 8 de janeiro. As imagens foram exibidas durante a leitura do voto no julgamento.


– 8 de janeiro não foi um passeio no parque, ninguém que ali estava, estava passeando. Vários policiais foram agredidos, uma policial militar teve o capacete arrebentado por uma barra de ferro – falou.

Moraes, então, citou a cabeleireira Débora dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar a frase “perdeu, mané”, na estátua da Justiça, que fica em frente ao prédio do STF.

– Temos a tendência de ir esquecendo e as pessoas acabam sendo enganadas pelas pessoas de má-fé que, com notícias fraudulentas e milícias digitais, passam a querer criar uma própria narrativa, como eu disse ontem, de velhinhas com Bíblia na mão, de pessoas passeando, que estavam com um batom e foram lá passar um batonzinho na estátua.

Segundo ele, “é um absurdo pessoas dizerem que não houve violência”.

– A materialidade exige violência ou grave ameaça. E aqueles que se esqueceram da violência, gravíssima violência contra pessoa, vão se recordar […] É um absurdo pessoas dizerem que não houve violência, não houve agressão e consequentemente não houve materialidade.

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