Na madrugada de domingo (28/7) para segunda-feira (29), diversas operadoras de internet francesas foram alvo de sabotagem, afetando as redes de fibra ótica em várias regiões do país, de acordo com a polícia. Marina Ferrari, secretária de Estado responsável pelo Digital, condenou os atos em uma mensagem na rede X, descrevendo-os como irresponsáveis e covardes.
A secretária destacou que os danos ocorreram em várias regiões e afetaram as operadoras de telecomunicações, resultando em problemas no acesso à fibra, telefonia fixa e móvel.
A mídia francesa relatou que a infraestrutura das operadoras SFR e Bouygues Telecom foi vandalizada nos departamentos de Meuse e Oise, no sul da França. O incidente aconteceu poucos dias após a sabotagem de várias linhas de trem de alta velocidade na quinta-feira (25), que causou caos nas estações de trem na manhã de sexta-feira.
Na madrugada de quinta para sexta-feira, cabos de fibra ótica localizados perto dos trilhos foram cortados e incendiados, comprometendo a transmissão de informações de segurança nas linhas férreas, como semáforos. Este incidente ocorreu pouco antes da cerimônia de abertura das Olimpíadas na sexta-feira (26) e durante um dos fins de semana de maior movimento no país, devido às férias de verão europeu.
Cerca de 800 mil pessoas compraram passagens de trem para o fim de semana, e aproximadamente 100 mil tiveram trens cancelados.
O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, informou que cerca de 700 mil puderam viajar e garantiu que todos os trens da rede de alta velocidade estão operando normalmente.
A empresa ferroviária pública SNCF anunciou no domingo que não haverá mais interrupções e que os reparos foram realizados para garantir o transporte dos passageiros a partir da manhã de segunda-feira.
A SNCF comprometeu-se a reembolsar os passageiros afetados por cancelamentos ou atrasos. Desde o ataque, a vigilância dos 28 mil quilômetros de rede de TGV foi reforçada, com mil agentes de manutenção da SNCF e 250 agentes de segurança ferroviária, além de 50 drones. Também foram previstos sobrevoos de helicóptero, conforme informado pelo ministro dos Transportes.
O custo da sabotagem foi estimado em milhões de euros, incluindo perdas comerciais e despesas de reparação, afirmou o ministro à emissora francesa RTL. Ele também afirmou que o incidente não afetará diretamente o preço das passagens.
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