Novas explosões de dispositivos do Hezbollah matam três pessoas

Uma nova série de explosões causou a morte de três pessoas e deixou cerca de 200 feridos nesta quarta-feira, 18, no Líbano, um dia depois dos ataque cibernéticos a pagers de militantes do grupo terrorista Hezbollah, que deixou 12 mortos e mais de 3 mil feridos.

Uma fonte de segurança citada pela Reuters relatou que, nas explosões desta quarta-feira, os feridos sofreram principalmente lesões no estômago e nas mãos.

Os últimos ataques foram direcionados a rádios portáteis IC-V82 (walkie-talkies). A Reuters informou que os rádios portáteis foram comprados pelo Hezbollah há cinco meses, junto com os pagers.

As novas explosões coincidiram com o funeral de quatro membros do Hezbollah, que foi transmitido ao vivo no Twitter/X, informou o The Jerusalem Post.

A cerimônia terminou abruptamente. Relatórios não oficiais indicam que, além dos rádios IC-V82, iPhones, câmeras de vídeo e outros dispositivos também detonaram.

O Hezbollah orientou seus membros a se afastarem de dispositivos de comunicação e descartarem aparelhos com baterias de lítio ou conectados à internet.

Relatos informam que houve incêndio em algumas casas, por causa da explosão de baterias de lítio usadas para armazenamento de energia solar.

Em artigo do The New York Times, foi levantada a suspeita de que Israel introduziu os explosivos em um lote de pagers encomendado pelo Hezbollah, nas explosões desta terça-feira, 17.

“O que foi sofisticado aqui foi a operação de inteligência, não a tecnologia”, afirmou o Dr. Eyal Pinko em entrevista por vídeo ao Jerusalem Press Club.

Especialista em inteligência e cibersegurança, Pinko é presidente do Instituto Internacional de Pesquisa em Segurança.

Ele afirmou que a inteligência israelense estudou a ação com pelo menos um ano de antecedência, para implementar explosivos, em quantidade moderada, nos pagers do Hezbollah.


Israel não assume a autoria

Um oficial sênior do Hezbollah, Hashem Safieddine, disse, segundo a Reuters, que o grupo está em uma “nova fase” e que “uma punição está certamente por vir”.

Drones e aeronaves foram avistados sobrevoando o oeste e o centro do Líbano, segundo a mídia estatal libanesa, durante as explosões.

Relatórios posteriores indicam que moradores locais supostamente incendiaram veículos da Força Interina das Nações Unidas no Líbano (Unifil) em várias partes do país.

O Hezbollah acusou Israel de ser o responsável pela sabotagem. O governo israelense não assumiu a autoria dos ataques e se mantém em silêncio em relação ao tema.

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