O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) abriu uma nova investigação sobre um possível caso de gripe aviária em Montenegro, no Rio Grande do Sul. A suspeita surgiu em uma propriedade de subsistência localizada a cerca de 3 quilômetros do foco inicial da doença no município. Amostras foram coletadas e enviadas ao Laboratório Federal de Defesa Agropecuária, em Campinas (SP), e o resultado preliminar deve ser divulgado nesta segunda-feira (19).
Até o momento, equipes da Defesa Agropecuária vistoriaram 238 das 510 propriedades situadas próximas ao primeiro foco de contaminação, sendo 30 delas em um raio de 3 km. O ministério também informou que está em andamento a investigação de outro caso suspeito em Aguiarnópolis, no Tocantins. Neste caso, exames preliminares indicaram a presença do vírus influenza A, mas com baixa probabilidade de ser uma cepa de alta patogenicidade.
De acordo com o Mapa, esse tipo de investigação é rotina em situações de emergência sanitária e, por ora, não há impactos no comércio internacional nem riscos à segurança dos alimentos de origem animal inspecionados. Todos os ovos da propriedade afetada em Montenegro já foram rastreados e serão descartados. Em seguida, será feita a limpeza e desinfecção dos três incubatórios onde os ovos estavam armazenados.
A gripe aviária é uma infecção viral altamente contagiosa entre aves domésticas e silvestres. Casos em humanos são raros, mas podem ocorrer por contato direto com animais infectados. O consumo de carne ou ovos de aves não representa risco, desde que os produtos tenham passado por inspeção sanitária oficial.
Desde 2003, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 874 infecções humanas por gripe aviária, com 458 mortes. Em casos suspeitos, a recomendação é iniciar o tratamento com antiviral nas primeiras 48 horas após o surgimento dos sintomas, que incluem febre alta, dor de garganta, mal-estar e sintomas respiratórios semelhantes aos da gripe comum.
Novo caso suspeito de Gripe Aviária acende alerta no Rio Grande do Sul
