Em visita ao Estado do Paraná, onde cumpre agenda oficial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou da sua baixa popularidade entre os produtores do agronegócio brasileiro. Em entrevista a uma rádio de Curitiba, o petista disse que, apesar dos investimentos no setor agrícola, não é um presidente querido pela comunidade.
Lula afirmou que, somente para o Estado do Paraná, o seu governo teria disponibilizado um crédito agrícola no valor de R$ 53 bilhões. “Outros R$ 8 bilhões foram destinados à agricultura familiar”, citou o presidente.
“Quando você governa, não faz política esperando agradecimento, mas o agro não gosta de mim, nem do PT, dos Sem Terra, da Cut [Central Única dos Trabalhadores]; o agro não gosta de muitas coisas”, queixou-se.
Em sua atuação política, Lula tem um histórico de ataques recorrentes aos produtores do agronegócio nacional.
Em setembro de 2022, em sabatina no Jornal Nacional, o petista afirmou que o “agronegócio fascista e direitista” quer desmatar, e que o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) está cuidando de produzir.
Ele deu a resposta ao ser questionado pelos âncoras do telejornal sobre críticas feitas ao seu plano de governo pelo setor do agronegócio.
“O agronegócio que é fascista e direitista, porque o empresário sério, que trabalha com o agronegócio, que tem comércio com o exterior, que exporta para a Europa, para a China, não quer desmatar”, disse Lula. “Esses querem preservar os nossos rios, a nossa fauna, a nossa flora. Mas você tem um monte que quer”.
Já o MST, segundo Lula, “está fazendo uma coisa extraordinária, que é cuidar de produzir. O MST é o maior produtor de arroz orgânico no país”.
Com a aprovação do governo, as invasões do movimento a propriedades privadas também explodiram no país este ano. O MST encerrou o chamado “Abril Vermelho” com um aumento de 150% da suas atividades.