A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP) manifestou “fundada preocupação” com os recentes episódios de uma ação da Polícia Militar contra estudantes que protestavam na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
Na última terça-feira (21), a Polícia Militar de São Paulo agiu contra protestos organizados por estudantes e movimentos populares na Alesp contra a proposta de criação de escolas cívico-militares. Apesar das manifestações dos estudantes, o projeto foi aprovado com 54 votos a favor e 21 contrários.
Em nota, a OAB-SP se mostrou preocupada com o caso de agressão aos estudantes e defendeu que a democracia “depende decisivamente da força policial”, mas que o uso da força deve ser “bem controlado”. Em outra parte, a entidade demonstra sua preocupação com o ocorrido.
– A recente repressão policial (…), pelo que foi tornado público até o momento, revela uso excessivo da força e, mais do que pela dimensão isolada dos episódios, preocupa pelo potencial de repetição e escalada, que podem causar situações mais graves
A OAB-SP também defende o uso de câmeras nos uniformes dos policiais para identificar se houve abusos tanto por parte dos manifestantes quanto dos policiais, o que ajudaria a evitar narrativas improdutivas e aperfeiçoar os métodos de controle do espaço público.