ONG Me Too Brasil aciona STF contra Silvio Almeida por difamação

A ONG Me Too Brasil e sua diretora, Marina Ganzarolli, ingressaram com uma queixa-crime no Supremo Tribunal Federal (STF) contra Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos e Cidadania, por suposta difamação. A defesa de Silvio Almeida, procurada, optou por não se manifestar, alegando desconhecer o teor da ação. No entanto, frisou que ‘Silvio jamais afirmou que a ONG fraudou licitação’ e que a Me Too ‘segue sem explicitar os seus métodos’. A ministra Cármen Lúcia foi designada como relatora do processo.

Silvio Almeida, atualmente, enfrenta investigações por suspeita de assédio e importunação sexual. Segundo a Me Too Brasil, o ex-ministro acusou a ONG, sem apresentar evidências, de tentar manipular o processo de licitação do Disque Direitos Humanos, insinuando um possível superfaturamento. A organização afirma que “Silvio Almeida partiu em verdadeira cruzada voltada à desmoralização e achincalhamento da querelante perante a opinião pública”, com a intenção, de acordo com a ONG, de desviar o foco das investigações dos fatos.

Para a Me Too Brasil, as declarações do ex-ministro ultrapassaram os limites da liberdade de expressão. A ONG destaca que “os fatos desonrosos imputados configuram evidentes danos à imagem pública e reputação do ME TOO BRASIL”, amplificados pela disseminação nas redes sociais.

Silvio Almeida deixou o governo em setembro do ano passado, após denúncias serem divulgadas pela ONG Me Too, incluindo acusações da ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco. O ex-ministro nega as alegações, porém, na época, o presidente Lula considerou que sua permanência no governo havia se tornado insustentável. Atualmente, a pasta é gerida pela professora Macaé Evaristo.


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