O cantor Mauro Davi Nepomuceno dos Santos, conhecido como Oruam, permanecerá preso em uma cela individual no Complexo de Bangu após passar por audiência de custódia. A informação foi confirmada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) na manhã desta quarta-feira (23). O rapper se entregou à polícia na noite de terça-feira (22), após ter a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro.
Inicialmente levado ao Presídio José Frederico Marques, em Benfica, o artista foi transferido para Bangu por decisão do sistema prisional. A Seap não informou o motivo da mudança. Oruam passou a noite sem intercorrências e está recebendo a alimentação padrão da unidade, que inclui café com leite e pão com manteiga no café da manhã e, no jantar, feijoada com farofa de milho, salada e suco.
Oruam foi indiciado por sete crimes: tráfico de drogas, associação ao tráfico, resistência qualificada, desacato, dano qualificado, ameaça e lesão corporal. A Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) afirma que a casa do rapper, no bairro do Joá, Zona Oeste, era usada como “ponto de encontro e abrigo para criminosos e foragidos da Justiça”.
A prisão foi pedida após um confronto com policiais durante uma operação para apreender um adolescente procurado por tráfico e roubo, que estaria escondido na casa de Oruam. Segundo a polícia, o rapper e amigos tentaram impedir a ação, jogando pedras nos agentes e ferindo um deles. O menor conseguiu fugir, mas se entregou posteriormente.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, o adolescente estaria ligado à facção criminosa Comando Vermelho e atuaria como segurança pessoal de Doca, chefe do tráfico no Complexo da Penha. Ele também seria um dos maiores ladrões de veículos do estado.
O secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, foi direto ao comentar o caso:
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza de que se trata de um criminoso faccionado, ligado ao Comando Vermelho, facção que o pai dele, o Marcinho VP, controla a distância de fora do estado, mesmo estando preso em presídio federal.”
A polícia também menciona que Oruam aparece em fotos com Doca e com Antônio Ilário Ferreira, o Rabicó, chefe do CV no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo.