Nesta segunda-feira (7/10), durante uma entrevista à CNN Brasil o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) disse que o empresário Pablo Marçal (PRTB), que ficou de fora do 2º turno na eleição em São Paulo (SP), não é uma ameaça ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Após o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) ir para o embate final contra deputado federal Guilherme Boulos (Psol), com o apoio de Bolsonaro, apoiadores de Pablo Marçal invadiram o perfil do ex-presidente se dizendo decepcionados e acusando-o de “aderir ao sistema”.
Apesar da reação, Flávio Bolsonaro afirma que não vê Pablo Marçal capaz de reduzir o papel de líder de Bolsonaro entre os eleitores de direita.
“Não vejo Marçal como uma ameaça para Bolsonaro. As pequisas mostram que, no confronto com Bolsonaro e Lula, ele (Marçal) não chega a 7%”, afirmou o senador.
O senador reconhece que Pablo Marçal, contudo, demonstrou liderança e que poderão estar juntos em algum momento contra a esquerda. “Ele está no nosso campo de direita”, justificou Flávio Bolsonaro.
“Marçal tem liderança, mas é preciso ter calma. A política deu uma lição a ele, de que é preciso construir aliados e alianças”, completa o senador.
Embora o ex-presidente Jair Bolsonaro tenha pedido explicitamente voto para Nunes, em uma live na sexta-feira (04), Flávio Bolsonaro diz que Pablo Marçal acabou ficando de fora do 2º turno por culpa dele mesmo.
“O principal fator de Marçal não estar no segundo turno é ele mesmo. Eleição é como jogo, se ganha em detalhes”, afirmou o parlamentar.
O senador destacou que Bolsonaro cumpriu o compromisso de apoiar Ricardo Nunes, que tem Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente, como vice.
Ele também lembrou que o acordo em São Paulo envolvia o apoio do MDB ao candidato do PL, Alexandre Ramagem, no Rio de Janeiro.
No entanto, durante o 1º turno, Bolsonaro relutou em oferecer apoio explícito a Nunes e chegou a afirmar que o prefeito não era seu candidato ideal.
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