Condenado por crimes ligados ao tráfico de drogas e à violência, o conhecido líder do Comando Vermelho (CV), Marcinho VP, tem atuado como compositor de músicas evangélicas escritas especialmente para sua filha mais velha, a cantora gospel e arquiteta Débora Gama.
Casada com o líder de um ministério cristão itinerante, Débora percorre igrejas em diferentes estados levando louvores e mensagens religiosas. Ela não apenas assume publicamente sua relação com o pai, como também demonstra orgulho de sua origem. “Meu pai me ensinou que a ausência dele não era motivo para revolta, mas para oração”, costuma declarar durante os cultos.
Mesmo preso há quase três décadas, Marcinho VP é o autor de grande parte das canções do repertório da filha. As composições falam sobre superação, fé, dor e transformação espiritual. O traficante chega a orientar, inclusive, a entonação e o ritmo das músicas, sendo uma espécie de mentor artístico da filha.
Marcinho VP também é pai do rapper carioca Oruam, cujo nome batiza um projeto de lei que propõe a proibição de músicas que façam apologia ao tráfico e à violência.
