Pedido de prisão contra suspeito de ameaçar família de Moraes partiu do próprio Moraes

Nesta sexta-feira (31), a Polícia Federal prendeu em São Paulo e no Rio de Janeiro dois irmãos suspeitos de fazer ameaças de morte aos três filhos do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes. A operação foi deflagrada após um pedido do próprio ministro e da Procuradoria-Geral da República (PGR).

A investigação teve início em abril, após o recebimento de e-mails anônimos pelo STF, nos quais os remetentes ameaçavam usar bombas e alegavam conhecer o itinerário da filha do ministro. A segurança do STF foi acionada e colaborou com a Diretoria de Inteligência Policial (DIP) da PF para realizar os levantamentos necessários.


Os crimes investigados incluem ameaça, perseguição e abolição violenta do Estado Democrático de Direito. O fuzileiro naval da Marinha, Raul Fonseca de Oliveira, foi preso no Rio de Janeiro, enquanto seu irmão, Oliveirino de Oliveira Junior, foi detido em São Paulo. A audiência de custódia dos suspeitos está prevista para a tarde desta sexta-feira.

Em nota, o ministro Alexandre de Moraes explicou que, a pedido do Ministério Público, determinou as buscas, apreensões e prisões no decorrer da investigação da PF. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, reconheceu as “graves ameaças à família do ministro” e a existência de “provas suficientes do crime” nas mensagens analisadas.

Moraes também destacou que as medidas cautelares foram decretadas pela prática de vários crimes punidos com reclusão, especialmente o de abolição violenta do Estado Democrático de Direito. Ambos os presos são investigados por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023.

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