Petrobras anuncia reajuste no preço do diesel a partir deste sábado

A Petrobras comunicou nesta sexta-feira (31) que o preço do litro do diesel será reajustado em R$ 0,22 para as distribuidoras a partir de amanhã (1º de fevereiro). Com isso, o novo preço médio do combustível será de R$ 3,72 por litro. Essa mudança também trará um aumento no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), que será ajustado em R$ 0,06, elevando o valor do imposto para R$ 1,12 por litro.

O reajuste do diesel ocorre após uma defasagem entre 14% e 17% nos preços praticados no Brasil em relação ao mercado internacional, conforme apontado pela Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis). A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, já havia informado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na última segunda-feira (27), sobre a necessidade de aumento nos preços, dada a disparidade atual.

Apesar do aumento, a Petrobras destaca que o preço do diesel sofreu uma redução significativa nos últimos anos. Desde dezembro de 2022, a companhia reduziu o preço do combustível em R$ 0,77 por litro, o que representa uma queda de 17,1%. Considerando a inflação, o valor da redução chega a R$ 1,20 por litro ou 24,5%, segundo a estatal.

Em 2024, a Petrobras ficou sem reajustar o preço do diesel por todo o ano, o que marcou uma mudança na política de reajustes. A última vez que o preço do combustível foi alterado foi em outubro de 2023. No entanto, o atual aumento reflete a necessidade de corrigir o descompasso com o mercado internacional, após a mudança na política de preços da companhia, que não segue mais a paridade internacional.

Além do diesel, o ICMS sobre a gasolina e o etanol também será elevado em R$ 0,10 por litro, elevando o valor do imposto para R$ 1,47. Esse reajuste visa reduzir a defasagem de 7% no preço da gasolina, que também está abaixo dos valores internacionais, conforme estimativas da Abicom.

Esse movimento ocorre após um período de contenção de preços, quando a gestão de Dilma Rousseff procurou evitar aumentos para conter a inflação, o que gerou sérias perdas à Petrobras, calculadas em R$ 100 bilhões. José Alberto Gouveia, presidente do Sincopetro, aponta que a pressão dos investidores para evitar uma repetição da gestão anterior, que quase quebrou a estatal, é uma das razões por trás dessa decisão.


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