A diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Rodrigues, informou, nesta terça-feira (30/9), que o inquérito policial aberto nessa segunda-feira (29/9) vai investigar se há conexão dos casos de bebidas alcoólicas adulteradas com metanol em São Paulo com investigações recentes no Paraná e se há participação de facções criminosas. A possibilidade de os produtos adulterados terem chegado a mais estados além de São Paulo, onde três mortes já foram confirmadas, também será investigada.
“Dentro das razões [para a investigação da PF], a possível conexão com investigações recentes que fizemos, especialmente no Paraná, que se conectou com outras duas em São Paulo, em razão de toda a cadeia de combustível. Uma parte disso passa pela importação de metanol pelo [Porto de] Paranaguá. Portanto, a necessidade de entrarmos nesse caso por essas razões. A investigação dirá se há conexão com o crime organizado”, afirmou Andrei.
A Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF) relacionou a substância encontrada em bebidas em São Paulo, que levou à morte de três pessoas, ao mesmo metanol importado ilegalmente pelo Primeiro Comando da Capital (PCC) para batizar combustíveis. A ABCF suspeita que o fechamento de distribuidoras e formuladoras de combustível diretamente ligadas ao crime organizado podem ser a causa da onda de intoxicações e envenenamentos.
A declaração do diretor-geral da PF foi dada em entrevista coletiva em Brasília, juntamente com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e o ministro da Saúde, Alexandre Padilha
O ministro da Saúde chegou a dizer que há suspeita de envolvimento de organização criminosa nas adulterações