Anderson Torres, ex-ministro da Justiça do governo Bolsonaro, foi notificado nesta terça-feira (18/7) pela Polícia Federal sobre um processo disciplinar que cobra a devolução de seu salário enquanto esteve preso. Servidor da PF, Torres é cobrado a devolver cerca de R$ 120 mil, valor que recebeu nos quatro meses em que ficou detido por ordem do STF, no âmbito de uma investigação sobre os atos de 8 de janeiro.
Torres ficou preso de janeiro a maio em um batalhão da Polícia Militar em Brasília. Desde então, tem de cumprir medidas cautelares, como usar tornozeleira eletrônica, não se comunicar com outros investigados e não sair do DF. O ex-ministro também perdeu o porte de arma.
Uma regra de 2013 do Ministério do Planejamento prevê a suspensão do pagamento de servidores públicos alvos de prisão preventiva, como foi a detenção de Torres, como mostrou o colunista Igor Gadelha, do Metrópoles. Como o salário de Torres na PF é de cerca de R$ 30 mil mensais, ele recebeu R$ 120 mil enquanto ficou na carceragem. A defesa de Anderson Torres afirmou que vai recorrer da decisão.
A ida da PF à casa de Anderson Torres foi a segunda nesta semana. Na segunda-feira (17/7), a PF entregou a Torres uma notificação da CPI do 8 de Janeiro da Comissão Legislativa do DF (CLDF). O ex-ministro prestará depoimento ao colegiado no próximo dia 10.
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