Recentemente, a Polícia Federal (PF) revelou que militares envolvidos em um suposto plano de golpe trocaram mensagens com piadas sobre a possibilidade de prisão. As investigações indicam que os oficiais redigiram e assinaram uma carta “antidemocrática”, endereçada ao Comandante do Exército e aos chefes das Forças Armadas.
Em uma das conversas entre o oficial Roland Araújo e o major Sérgio Cavaliere, os dois discutem a redação da carta e trocam uma ‘figurinha’ editada do ministro do STF, Alexandre de Moraes, na qual a cabeça do magistrado é substituída por um pênis.
No diálogo, Araújo e Cavaliere brincam, dizendo: “Vamos ser presos por ele”. A conversa segue com menções a outros oficiais do Exército que também assinaram o documento. Cavaliere comenta que, dada a quantidade de assinaturas, já seria possível “bater um golzinho no banho de sol”, uma referência ao jogo de futebol que presidiários podem jogar durante o período de luz solar.
Outra troca de mensagens, entre o tenente-coronel Mauro Cid e o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, aborda o resultado de uma reunião realizada em 14 de dezembro de 2022. Durante a conversa, Corrêa Netto pergunta: “GFG cagou?” e logo em seguida reafirma: “GFG cagou solenemente”.
À PF, Cid confirmou que a reunião foi com o então ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e os comandantes das Forças Armadas, onde o ministro apresentou uma minuta de decreto para reverter o resultado das eleições presidenciais.
Cid esclareceu ainda que “GFG” se referia ao general Freire Gomes, que se opôs à proposta de tentativa de golpe.
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