O Polícia Federal (PF) abrirá uma investigação sobre as denúncias de assédio sexual contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida. A confirmação foi feita pelo diretor-geral da corporação, Andrei Passos Rodrigues, que afirmou à GloboNews que a investigação será iniciada por iniciativa própria, pois ainda não houve uma representação formal.
Na quinta (05), a ONG Me Too Brasil, que combate o assédio sexual, anunciou que recebeu denúncias contra Almeida. As informações foram inicialmente divulgadas pelo portal Metrópoles e confirmadas em nota pública pela organização. As mulheres que relataram os casos pediram anonimato.
A Me Too Brasil informou que as denúncias foram recebidas por meio de seus canais de atendimento e que as vítimas receberam acolhimento psicológico e jurídico. A ONG reforçou que só divulgou a existência das denúncias com o consentimento das vítimas.
Em resposta, o ministro Silvio Almeida negou as acusações por meio de uma nota pública. Ele afirmou repudiar as “mentiras” com veemência, mencionando o amor e o respeito que tem por sua esposa e por sua filha de um ano de idade, destacando sua luta pelos direitos humanos e pela cidadania.
Pouco depois, Almeida publicou um vídeo em que reiterou os termos da nota, afirmando novamente que não cometeu assédio e que as denúncias têm como objetivo atacar as causas que ele defende.
O Palácio do Planalto, por sua vez, informou que a Comissão de Ética da Presidência da República abriu um procedimento de apuração sobre o caso. De acordo com o comunicado, o ministro foi chamado na noite de quinta-feira para prestar esclarecimentos ao controlador-geral da União, Vinícius Carvalho, e ao advogado-geral da União, Jorge Messias, em função das denúncias divulgadas pela imprensa.
O governo federal reconheceu a gravidade das denúncias e afirmou que o caso está sendo tratado com rigor e celeridade, como exigem situações que envolvem possíveis violências contra mulheres.
Silvio Almeida, que assumiu o Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2023, é formado em Filosofia e Direito, com doutorado e pós-doutorado pela Universidade de São Paulo, sendo uma das principais referências no Brasil em questões raciais.
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