A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma mulher acusada de pichar a Estátua da Justiça, localizada em frente à Corte, com os dizeres “perdeu mané”, durante os atos do 8 de Janeiro. Debora Rodrigues foi presa pela Polícia Federal (PF) cerca de 2 meses depois.
De acordo com as investigações da Operação Lesa Pátria, da PF, são imputados contra Rodrigues os crimes de associação criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima, além de deterioração de patrimônio tombado.
A denúncia da PGR está sob sigilo. A frase escrita por Rodrigues na estátua faz referência à resposta do ministro do STF Luís Roberto Barroso a manifestantes que o questionaram durante uma viagem aos EUA, em 15 de novembro de 2022.
Na ocasião, Barroso caminhava em Nova York quando um homem perguntou se ele responderia às Forças Armadas e se deixaria “o código-fonte [das urnas] ser exposto”. O manifestante disse: “O Brasil precisa de resposta, ministro”. O magistrado então rebateu: “Perdeu, mané, não amola”.
Durante a fase do inquérito, a defesa de Debora Rodrigues afirmou que “todos os prazos foram extrapolados sem qualquer justificativa plausível” e que a prisão, de mais de 480 dias, “ultrapassa o princípio da razoabilidade”.
O advogado de Rodrigues ainda argumentou que a transferência de sua cliente para Tremembé, cidade 229 quilômetros distantes de onde mora, no interior de São Paulo (SP), fere de morte a proteção integral da criança, visto que ela tem 2 filhos menores de idade.
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