A Procuradoria-Geral da República desistiu de um pedido para a Justiça arquivar o inquérito que investiga suposto pagamento de propina ao senador Renan Calheiros nas obras da hidrelétrica de Belo Monte.
A investigação apura um suposto pagamento de propina ao parlamentar nas obras da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Em um movimento atípico, a PGR disse ao STF que houve um “equívoco de tramitação”.
Um parecer enviado ao Supremo no dia 25 de outubro, a subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirmou que a manifestação pelo encerramento do caso, por falta de provas, foi encaminhada “por equivoco”.
O inquérito foi aberto em 2016 a partir de delações premiadas, como a do senador cassado Delcídio do Amaral.
De acordo com a delação, construtoras acertaram o pagamento de R$ 30 milhões em propina para PT e PMDB. Parte do suborno, disse Delcídio, teria sido pago para a campanha eleitoral de Dilma Rousseff em 2010 e parte para o “grupo de José Sarney” no PMDB.
Os advogados de Calheiros negaram que o senador tenha relação com suposto pagamento de propina nas obras de Belo Monte. A assessoria do senador tem afirmado que “este caso foi mais um dos absurdos de denúncias sem prova e perseguição e abusos de membros do MP federal contra o senador Renan Calheiros.”