A Procuradoria-Geral da República pediu ao ministro do STF Alexandre de Moraes acesso ao teor da investigação sobre oito empresários pró-Bolsonaro, afirmando que até agora o órgão não tem conhecimento do teor integral da apuração.
Os empresários foram acusados de compartilharem mensagens pedindo golpe de Estado em um grupo de WhatsApp.
Na manifestação, a vice-PGR Lindôra Araújo criticou a atuação do ministro do STF no caso, por não ter aguardado um posicionamento da PGR antes de determinar as medidas cautelares.
Em nota, a PGR disse não ter sido informada da operação contra os empresários; mais tarde, Moraes rebateu afirmando que a citação havia sido feita pessoalmente na assessoria da PGR no STF e na vice-PGR.
“É absolutamente inviável que medidas cautelares restritivas de direitos fundamentais, que não constituem um fim em si mesmas, sejam decretadas sem prévio pedido e mesmo sem oitiva do Ministério Público Federal. Ora, é o Parquet quem deve verificar a necessidade/utilidade das medidas cautelares, aferindo-o sob uma ótica de viabilidade para a persecução penal”, escreveu a vice-PGR na manifestação.