Polícia prende criminoso envolvido em tentativa de sequestro de Sérgio Moro

A Polícia de São Paulo prendeu, na noite de segunda-feira (7), um homem foragido da Justiça e investigado por envolvimento na tentativa de sequestro do senador Sérgio Moro, ocorrida em 2023. A prisão aconteceu durante um patrulhamento em Osasco, na região metropolitana da capital paulista.


Segundo informações dos agentes, o suspeito possuía um mandado de prisão em aberto por participação em um roubo a um avião pagador no aeroporto de Caxias do Sul (RS), ocorrido em 2024. A investigação indicou que ele prestou apoio operacional e logístico ao crime, integrando um dos veículos utilizados na ação, que partiu do estado de São Paulo dias antes do assalto.

Na ocasião, os criminosos usaram viaturas falsas para abordar a aeronave logo após o pouso e praticar o roubo. Durante as investigações, a Polícia Federal identificou conexões entre o assalto e a liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC), facção criminosa da qual o suspeito faz parte desde 2019.

Após a prisão, o homem foi encaminhado para a sede da Polícia Federal, onde o caso foi registrado. No local, foi constatado que ele também é suspeito de planejar um ataque ao Setor de Retaguarda e Tesouraria do Banco do Brasil em Caruaru, Pernambuco.

A tentativa de sequestro de Sérgio Moro, frustrada pelas autoridades, teria sido organizada pelo PCC. Conforme a investigação, os criminosos alugaram imóveis na mesma rua onde o senador residia em Curitiba e contavam com informantes para monitorar a família do parlamentar, incluindo seus dois filhos.


O plano teria sido motivado por mudanças nas regras para visitas a detentos implementadas por Moro durante seu mandato como ministro da Justiça no governo Bolsonaro. Na ocasião, ele proibiu visitas íntimas em presídios federais e coordenou a transferência e isolamento dos líderes da facção em penitenciárias de segurança máxima.

Além de Moro, o esquema tinha como alvos o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, responsável por investigar o PCC. A Polícia Federal revelou que os ataques planejados ocorreriam simultaneamente em São Paulo, Paraná, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal, com ações envolvendo homicídios e extorsão por meio de sequestro.

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