Os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, decidiram que os ministros filiados às legendas devem deixar o governo Lula até o final deste mês. O anúncio oficial será feito em coletiva de imprensa marcada para esta terça-feira (2), às 16h30.
A decisão foi definida após conversas diretas com os ministros do Turismo, Celso Sabino, e do Esporte, André Fufuca, que defendiam permanecer nos cargos por mais tempo. Os presidentes das siglas consideraram a situação insustentável e deixaram claro que, caso os ministros não saíssem, seriam expulsos dos respectivos partidos.
Apesar de a saída envolver pastas do União Brasil, os ministros do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e das Comunicações, Frederico Siqueira, devem ser poupados. Ambos não são filiados a partidos e são apadrinhados pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).
A decisão de Nogueira e Rueda ocorreu também após reunião com o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, na qual ficou definido que PP e União Brasil farão defesa pública de projetos que buscam garantir anistia aos condenados pelo episódio do 8 de janeiro.
Nos bastidores, o presidente Lula vinha cobrando maior fidelidade das siglas, especialmente em votações no Congresso e em atos públicos em que os partidos optaram por não se contrapor à oposição.
Com a saída de duas pastas, o Palácio do Planalto precisará redesenhar a Esplanada e negociar novos apoios para recompor a base de governo. A mudança evidencia o desafio de reorganizar espaços de poder, preservando a governabilidade sem comprometer a articulação com partidos que ainda mantêm proximidade com o governo.
PP e União Brasil anunciam saída do Governo Lula
