Prefeito de direita é assassinado a tiros na Guatemala

O prefeito de Masagua, na Guatemala, Nelson Luciano Marroquín, morreu depois de ser atacado a tiros na noite do último sábado, 6, durante um evento público no município. Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Justiça do país, equipes de investigação foram enviadas ao local ainda na noite do ataque para reunir pistas e identificar os responsáveis.

Em comunicado, a pasta informou que o governo “deu as ordens correspondentes para agilizar a investigação sobre o ataque armado” . O ministro Marco Antonio Villeda também destacou que trabalha para garantir que os autores sejam capturados e levados à Justiça.

O presidente Bernardo Arévalo, de centro-esquerda, repudiou a morte do prefeito e destacou que mobiliza “todo tipo de recursos para frear a violência e responder com firmeza a esses fatos”. Arévalo também afirmou ter instruído o Ministério da Justiça “para que os responsáveis sejam postos perante a lei”.


Três prefeitos do partido Vamos foram mortos em dois anos na Guatemala
O assassinato de Marroquín ocorre em um contexto de ataques recorrentes contra prefeitos e candidatos de direita na Guatemala. Nos últimos dois anos, três prefeitos eleitos pelo partido conservador Vamos morreram em ações violentas.

O primeiro caso registrado foi o de Francis Daniel Chavajay Herrera, prefeito de San Juan La Laguna, morto a tiros em abril de 2024. Ele foi encontrado ferido em uma residência e não resistiu.

O segundo caso ocorreu em fevereiro deste ano. Gerson Saúl Ajcuc Xot, prefeito de Chuarrancho, foi emboscado por homens armados em uma rodovia. Ele dirigia uma caminhonete quando foi alvejado por suspeitos que se deslocavam em motocicleta. Socorristas confirmaram sua morte ainda no local.

Além dos atentados fatais, há registros de outras agressões contra políticos locais. O ex-prefeito Alexis Quevedo, também do partido Vamos, foi ferido em novembro de 2024 durante um ataque em uma rodovia.

Ex-candidatos também foram alvo de ataques do gênero em 2025. Em 8 de novembro, José Elías Ramírez, do partido de centro-direita Cabal, foi baleado por homens armados disfarçados de pedreiros. Em outro caso, ocorrido em 7 de setembro, Luis Armando Mota, do partido conservador Podemos, foi morto durante um evento escolar.

As autoridades investigam os casos. As linhas de investigação incluem crime político, acertos de contas e possível vínculo com grupos criminosos

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