Acusado de assédio sexual, o atual presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, prepara a saída do governo. A expectativa é que o desligamento possa acontecer ainda hoje.
Aconteceu que várias mulheres aceitaram dar depoimentos gravados (mas mantendo suas identidades em sigilo) fazendo relatos detalhados de como se daria o assédio praticado por Pedro Guimarães.
A notícia foi publicada ontem (28/6) pelo portal de notícias Metrópoles, que divulgou as gravações com as acusações. Várias mulheres, segundo a publicação, foram ao Ministério Público Federal e fizeram os mesmos relatos, que seguem em sigilo. O MPF estaria instalando um procedimento de investigação a respeito dos episódios.
Guimarães assumiu o comando da Caixa em janeiro de 2019. Especialista em privatizações, ele foi indicado pelo ministro Paulo Guedes (Economia), de quem já era próximo. Gradualmente, Guimarães se afastou de Guedes e dos demais ministros. Hoje, tem ligação direta com o presidente Jair Bolsonaro.
Em Brasília, pessoas do entorno de Bolsonaro acreditam que a melhor solução seja afastar imediatamente Pedro Guimarães da Caixa. Seria uma resposta importante do Planalto, pois Bolsonaro enfrenta dificuldades entre eleitoras, segundo pesquisas de intenção de voto.