A crise interna no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) sofreu novo abalo depois que o presidente do órgão, Gilberto Waller Júnior, pediu ao ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, que removesse Lea Bressy Amorim da diretoria e da presidência substituta.
Waller Júnior formalizou o pedido na sexta-feira 14, em meio a investigações que atingem a alta cúpula da instituição.
No ofício, Waller aponta que Lea Bressy, diretora de Tecnologia da Informação, mantém proximidade com Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS preso na quinta-feira, 13, durante nova fase da Operação Sem Desconto.
A ação da Polícia Federal apura fraudes milionárias em aposentadorias e pensões. O jornal Metrópoles teve acesso ao ofício do presidente do INSS enviado ao ministro.
No documento enviado ao ministério, Gilberto Waller Júnior destacou que a permanência de Lea Bressy em um posto estratégico pode comprometer a investigação, reforçando a necessidade de total apoio à apuração.
Além disso, a posição dela como presidente substituta foi considerada sensível diante do contexto atual.
No mesmo dia, vieram à tona mensagens em que Lea Bressy criticou a cobertura da imprensa sobre a chamada “Farra do INSS”. O Metrópoles teve acesso aos prints da conversa.
Em nota, ela afirmou que havia uma “espetacularização” dos fatos e lamentou os “julgamentos públicos de colegas afastados e exonerados”, conforme mostram os prints acessados pelo jornal.
Desdobramentos da Operação Sem Desconto
Segundo a Polícia Federal, Alessandro Stefanutto teria recebido propina de R$ 250 mil mensais do grupo investigado.
O pedido de exoneração de Lea Bressy evidencia o agravamento da crise interna no INSS. Até o momento, Wolney Queiroz e Lea Bressy não se pronunciaram sobre o caso.