A Polícia Rodoviária Federal (PRF) integra a força-tarefa de desintrusão da Terra Indígena Munduruku, no Pará, com o objetivo de reforçar o policiamento nas rodovias federais da região e áreas de interesse da União. Além disso, a PRF também tem atuado no transporte aéreo de pessoal e equipamentos para as linhas de frente da operação. A ação visa principalmente a remoção de invasores e o combate ao garimpo ilegal.
A ordem para a desintrusão foi emitida pelo Supremo Tribunal Federal (STF), com o intuito de garantir que a terra seja destinada exclusivamente aos povos indígenas, preservando suas culturas, línguas, crenças e tradições, além de proteger a fauna, a flora e os rios da região.
Iniciada em 9 de novembro, a operação é coordenada pela Casa Civil da Presidência da República e envolve mais de 20 órgãos federais. Em seis semanas, a força-tarefa realizou mais de 300 ações, causando grandes prejuízos aos criminosos, como a destruição de acampamentos, dragas, barcos e a apreensão de escavadeiras e outros veículos, além da inutilização de combustíveis e equipamentos utilizados no garimpo ilegal.
A atuação da PRF na operação faz parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), lançado pelo Governo Federal em 2023 e coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O plano tem como objetivo combater organizações criminosas e crimes ambientais nos nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), com o fortalecimento da presença do Estado na região.
Em outubro, a PRF registrou recordes no combate aos crimes ambientais na Amazônia, com mais de 3.000 ações de fiscalização, um aumento de 148% em relação ao ano anterior. O número de pessoas fiscalizadas cresceu 115%, enquanto o de veículos aumentou 110%. Além disso, as ocorrências de crimes ambientais aumentaram 88%.
De janeiro até 13 de dezembro de 2024, a PRF registrou 2.130 ocorrências de crimes ambientais, resultando na apreensão de 43 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 22 milhões, e 3.800 toneladas de minerais, principalmente cassiterita. Durante o ano, 24.361 pessoas e 23.509 veículos foram fiscalizados, além da apreensão de 29 mil m³ de madeira e o resgate de 552 animais silvestres.
Além das fiscalizações, a PRF também tem realizado apreensões e prisões de criminosos, muitos com extensa ficha criminal. A operação causou um grande prejuízo ao crime organizado, com a destruição de equipamentos utilizados no garimpo ilegal, como balsas, motores, tratores, escavadeiras, caminhões, aviões e helicópteros.
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