A Medida Provisória publicada pelo governo Lula que permite que a Conab, empresa pública vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, compre até 1 milhão de toneladas de arroz por conta das fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul. A medida surpreendeu a Federarroz (Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul), que representa 6 mil produtores. A compra está a cargo da Conab, empresa pública de abastecimento dirigida por Edegar Pretto, radical petista ligado ao MST. “Inexiste risco de desabastecimento”, garante a entidade, citando a projeção da safra 2023/2024 estimada em suficientes 7.150 toneladas.
Mesmo com as dificuldades logísticas de escoamento devido a estradas interditadas, a Federarroz assegura que a situação “será brevemente superada”. A medida, dirigida pela Conab sob a gestão de Edegar Pretto, destinou R$416 milhões para as primeiras 104 mil toneladas de arroz importado, gerando contentamento entre os importadores, mas frustração entre os produtores locais.
O deputado Rodolfo Nogueira (PL-MS), vice-presidente da Comissão de Agricultura, criticou a ação governamental como “intempestiva e desnecessária”, urgindo o governo a focar no escoamento do produto e na emissão de notas fiscais para transporte.
A medida, embora visando estabilidade, não foi bem-recebida por muitos no setor agrícola, que veem nela uma possível desvalorização do esforço e produção nacional em um dos principais insumos do país.
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