Ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) consideram a proposta feita pelo presidente Jair Bolsonaro, de que o PL promova uma auditoria nas eleições deste ano, inviável.
Os magistrados classificam a defesa presidencial como mais um discurso político para tentar desacreditar o processo eleitoral.
De acordo com os membros da Corte Eleitoral, primeiro, porque o PL, partido de Bolsonaro, não pode usar seus recursos, dos fundos partidário e eleitoral, pois são verbas públicas transferidas para as legendas partidárias. Isso já seria um ponto pacífico dentro do TSE e do STF.
O chefe do executivo, disse que defende uma auditoria durante as eleições, só que isso não é permitido pela lei, de acordo com a avaliação de membros do TSE, que autoriza uma auditoria somente depois do resultado, no caso de o presidente e o PL decidirem contestar o pleito.
Por exemplo, na eleição de 2014, quando o candidato derrotado do PSDB, Aécio Neves, contestou a vitória da petista Dilma Rousseff. Após a auditoria, o resultado foi confirmado.
Logo em seguida, o senador Randolfe Rodrigues acionou o TSE fazendo questionamentos sobre a proposta do presidente. Segundo integrantes do TSE, o tribunal deve aproveitar esses questionamentos do partido Rede para deixar claro o que pode e o que não pode sobre um eventual pedido de auditoria, na busca de evitar que isso vire tema de campanha durante a eleição deste ano.