O Partido dos Trabalhadores (PT) realizará sua eleição interna com cédulas de papel em 6 de julho, após não conseguir viabilizar o uso de urnas eletrônicas em todo o país. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (21) em reunião da Executiva Nacional da sigla.
Sgundo o site Poder 360, a legenda havia solicitado à Justiça Eleitoral o empréstimo das urnas para o Processo de Eleição Direta (PED 2025), que definirá o novo presidente do partido. A resposta, no entanto, foi parcial: apenas 16 Estados aceitaram ceder os equipamentos. Quatro tribunais regionais eleitorais (TREs) — de Alagoas, Espírito Santo, Minas Gerais e Pernambuco — negaram o pedido, enquanto outros sete Estados ainda estavam em negociação.
Diante da falta de uniformidade, o partido decidiu adotar um modelo único com votação em papel, com a produção das cédulas e a contagem dos votos sendo realizadas internamente. “Como a Justiça Eleitoral não teve condições de disponibilizar as urnas eletrônicas para a realização do PED em todos os municípios do Brasil, decidimos manter nosso PED com voto em cédula”, afirmou o secretário-geral nacional do PT, Henrique Fontana (PT-RS), ao site Poder360.
Segundo o partido, cerca de 3 milhões de filiados em todo o Brasil poderão participar da votação, desde que tenham se filiado até 28 de fevereiro de 2025. O segundo turno, caso necessário, será realizado em 20 de julho.
Após 12 anos, o PT retoma o modelo de eleição direta com voto dos filiados. Nos pleitos anteriores, em 2017 e 2019, a atual ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, foi eleita e reeleita por meio de votação híbrida, com apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O nome mais cotado para assumir a presidência do partido é o do ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva, representante da corrente majoritária CNB (Construindo um Novo Brasil) e também apoiado por Lula. Além dele, outros quatro nomes disputam o cargo: o deputado federal Rui Falcão (SP), o secretário de Relações Internacionais Romênio Pereira, o dirigente nacional Valter Pomar e Dani Nunes, suplente de vereadora no Rio de Janeiro.
PT decide usar cédulas de papel em eleição interna após impasse com urnas eletrônicas
