O presidente da Rússia, Vladimir Putin, afirmou ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que irá retaliar os recentes ataques ucranianos realizados no fim de semana, segundo relato publicado por Trump na rede social Truth Social. A conversa entre os dois líderes ocorreu por telefone nesta quarta-feira (4) e durou mais de uma hora.
“O presidente Putin disse, e com muita veemência, que terá de responder ao recente ataque aos campos de aviação”, escreveu Trump.
Os ataques atribuídos à Ucrânia incluem a destruição de mais de 40 aviões militares russos no domingo (1º), após uma ofensiva com drones transportados por caminhões até bases aéreas localizadas a mais de 4.000 quilômetros da fronteira ucraniana. Entre os alvos, estava a base de Belaya, na região de Irkutsk. Segundo autoridades ucranianas, 41 bombardeiros russos foram atingidos.
Outro ataque de destaque ocorreu na madrugada de terça-feira (3), quando a ponte da Crimeia foi atingida por explosivos subaquáticos. De acordo com o Ministério da Defesa da Ucrânia, foram usados 1.100 kg de explosivos, causando danos significativos à estrutura. Imagens da detonação foram divulgadas e a ponte foi colocada em “estado de emergência”. As autoridades russas confirmaram o fechamento do local para o tráfego, mas não forneceram mais detalhes.
Durante a conversa, Trump afirmou que também discutiu com Putin o programa nuclear do Irã e a necessidade de avanços nas negociações. “O presidente Putin sugeriu que participará das discussões com o Irã e que talvez pudesse ser útil para uma conclusão rápida. Na minha opinião, o Irã tem sido lento em sua decisão sobre este assunto tão importante, e precisaremos de uma resposta definitiva em um prazo muito curto!”, declarou.
Apesar das declarações, Trump disse que a conversa, embora positiva, não significa um caminho imediato para o fim do conflito. “Foi uma boa conversa, mas não levará à paz imediata”, afirmou.
Essa foi a primeira vez que os dois líderes conversaram desde o último contato registrado em 19 de maio.
Putin diz quando vai retaliar ataques ucranianos
