O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou uma decisão surpreendente em relação à crise na Ucrânia, pedindo a Andrei Troshev, apelidado de “Sedoi” e ex-auxiliar de Yevgeni Prigozhin, fundador do grupo paramilitar Wagner, que assuma a responsabilidade de formar voluntários para participar dos combates na Ucrânia.
Durante uma reunião recente, Putin revelou que Troshev estaria encarregado de treinar unidades capazes de realizar missões de combate, principalmente na zona da “operação militar especial” na Ucrânia. Essa surpreendente reviravolta ocorre três meses após uma tentativa fracassada de motim do grupo Wagner na Rússia.
O grupo Wagner, liderado por Prigozhin, desempenhou um papel crucial na linha de frente dos combates no leste da Ucrânia, notavelmente na batalha pela cidade de Bakhmut, que foi capturada pelas forças russas em maio, após quase um ano de conflito intenso. No entanto, a relação entre Prigozhin e Putin azedou após a tentativa de motim armado, culminando na trágica morte de Prigozhin e vários de seus colaboradores em um acidente de avião no final de agosto. A decisão de Putin de recrutar Troshev para treinar voluntários sinaliza uma mudança significativa na dinâmica desse conflito em curso na Ucrânia.