No terceiro trimestre, a Magazine Luiza teve um prejuízo líquido, de acordo com o balanço divulgado nesta quinta-feira, o resultado financeiro continuou pressionando os números da varejista, ainda que a empresa tenha conseguido elevar margem de lucro ao maior patamar em dois anos.
O total do prejuízo foi de 166,8 milhões de reais, revertendo lucro de 143,5 milhões no mesmo período do ano de 2021. Em base que exclui efeitos não recorrentes, como créditos tributários e honorários de especialistas, o prejuízo foi de 146 milhões, o quarto trimestral em sequência.
Muitas empresas de varejo vêm sendo pressionadas pela alta dos juros no país, aliada aos efeitos inflacionários, ainda que a expectativa do mercado seja de redução na Selic em 2023 e que os indicadores de preços já tenham desacelerado ante o pico.
“A gente tem trabalhado para minimizar esse impacto do CDI”, disse Vanessa Rossini, gerente de relações com investidores do Magazine Luiza, à Reuters, citando redução no número de parcelas oferecidas ao consumidor e a maior participação de transações realizadas pelo Pix, que tem menos custos financeiros. O resultado financeiro da varejista ficou negativo em 556,3 milhões de reais no trimestre.
As vendas totais do Magazine Luiza (GMV), o que inclui o marketplace, subiram 2,2% na base anual, a 14,2 bilhões de reais, puxados pelo segmento online.
A base de comparação gera efeito desfavorável no percentual, já que um ano antes os números ainda eram positivamente impactados pelo boom do comércio eletrônico devido às medidas de isolamento social pela Covid-19.
O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 50,3%, a 527,5 milhões de reais. Analistas, em média, esperavam Ebitda de 549,3 milhões de reais, segundo dados da Refinitiv.
A margem Ebitda ajustada foi a 6%, maior nível trimestral desde o terceiro trimestre de 2020, frente a 4,1% em igual período de 2021. No segundo trimestre, a empresa reportou margem de 5,7%.