Randolfe aciona TSE e diz que PL não pode auditar urnas eletrônicas

Nesta terça-feira (10/5), o senador, Randolfe Rodrigues, enviou um ofício ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, questionando a contratação de uma auditoria privada pelo PL de Jair Bolsonaro para fiscalizar as eleições deste ano.


Como foi relatado aqui no Vista Pátria, na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro disse que os resultados da análise do PL, seu atual partido, podem complicar o TSE se a empresa constatar que é “impossível auditar o processo”.

Ao questionar a Corte sobre a iniciativa, o senador afirma que ela será encabeçada pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, que em 2013 renunciou ao seu mandato de deputado após ser condenado por corrupção.

Randolfe Rodrigues também pergunta ao TSE se a auditoria pode ser financiada com os fundos públicos de campanha e partidário, uma vez que sua intenção é deslegitimar as eleições, e se ela poderá ser conduzida durante o pleito ou apenas após a contabilização dos votos.

O senado ainda questiona se a Corte Eleitoral poderia penalizar com multa candidatos, partidos e agentes públicos que desacreditam, sem provas convincentes, o processo eleitoral brasileiro, e se cabe às Forças Armadas ou aos seus membros emitir juízo de valor sobre as eleições.


Foram inúmeros os momentos em que o Presidente da República tentou incutir irresponsavelmente na cúpula das Forças Armadas a indevida função de ‘Poder Moderador’, sustentando falsamente competência desta instituição de Estado na fiscalização e na garantia da lisura do processo eleitoral.

Randolf

E acresentou:

Essa pretensão de envolvimento desvirtuado e direto das Forças Armadas no pleito eleitoral vem sendo instrumentalizada concretamente por meio de inúmeras ‘sugestões’ feitas a este tribunal, a maior parte delas infundadas e sem qualquer suporte técnico.

Randolf

No ofício, o parlamentar também sugere o encerramento das atividades da Comissão de Transparência das Eleições (CTE), assinalando que está em curso um “uso desvirtuado” do colegiado para viabilizar interesses de Bolsonaro.

*Informações Folha de São Paulo

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