Relator do Projeto de Lei (PL) da Dosimetria, Paulinho da Força (Solidariedade-SP) jantou, nesta terça-feira (23), com os líderes do Partido dos Trabalhadores (PT) e do Solidariedade na Câmara dos Deputados, Lindbergh Farias (RJ) e Aureo Ribeiro (RJ), a fim de fazer um balanço de como foi o primeiro dia de reunião com partidos para tratar da proposta.
Segundo apuração do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, o encontro ocorreu em um restaurante da Asa Sul, em Brasília, após ele reunir-se nesta terça à tarde, com parlamentares do Partido Liberal (PL), que reafirmaram que não aceitarão nenhuma alternativa que não seja a anistia ampla, geral e irrestrita.
Durante a conversa, Lindbergh frisou que não há a menor possibilidade de que o PT apoie uma proposta de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023. Ainda durante o jantar, Paulinho da Força teria ligado para um interlocutor do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, para manter o ministro informado sobre o que foi tratado nas reuniões.
Moraes é relator do processo que resultou na condenação dos manifestantes, justamente aqueles a quem a proposta da Dosimetria visa beneficiar com a redução de penas. Diminuir a punição começou a ser vista como uma alternativa ao perdão total, como requer a ala ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Entretanto, ainda segundo Gadelha, Moraes recuou até mesmo no apoio ao projeto da Dosimetria, após os Estados Unidos incluírem sua esposa, a advogada Viviane Barci, na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, nesta segunda (21). O ministro já era alvo da punição desde julho deste ano.