Renan Calheiros decide não participar da CPMI do INSS

O senador e ex-presidente do Senado, Renan Calheiros (MDB-AL), anunciou nesta segunda-feira (1º) que não participará da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS, contrariando a expectativa do governo. A informação foi confirmada à CNN Brasil.


“Não saí porque nunca entrei. Avisei [ao líder Eduardo Braga] antes de começar”, afirmou Renan.

Com a decisão, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), terá de indicar outro nome para ocupar a vaga de titular deixada por Renan. Braga, inclusive, também deixou a CPMI, marcando a sétima substituição promovida pelo governo desde a instalação da comissão em agosto.

As mudanças ocorreram após a oposição conquistar a presidência e a relatoria do colegiado, atualmente comandado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG). A eleição, realizada em votação secreta, contrariou a indicação do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), que havia apoiado Omar Aziz (PSD-AM) para presidir a comissão. O resultado de 17 votos a 14 reforçou a força da articulação da oposição.

Entre os nomes mais conhecidos da antiga CPI da Covid, apenas Randolfe Rodrigues (PT-AP), líder do governo no Congresso, permanece na nova CPMI. Omar Aziz e Otto Alencar (PSD-BA), ambos aliados experientes, foram preteridos para os cargos da mesa diretora.


A disputa interna entre governistas também ficou evidente durante a eleição da mesa, quando Aziz se irritou publicamente com Randolfe, acusando-o de atrasos e de falhas na contagem de votos, que teriam favorecido a vitória da oposição.

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