Uma estudante universitária de Direito, Michele Paiva da Silva, de 42 anos, foi presa nesta terça-feira (7) na porta da faculdade onde estuda, no Engenho Novo, Zona Norte do Rio de Janeiro. Ela é suspeita de envolvimento na morte do próprio pai, Neil Corrêa da Silva, um aposentado de 65 anos, em abril deste ano.
As investigações da Polícia Civil apontam que Michele pode ter matado o pai com uma feijoada envenenada. Neil Corrêa da Silva morreu no Hospital Adão Pereira Nunes, na Baixada Fluminense, poucas horas após consumir o prato.
Embora o atestado de óbito liste causas como insuficiência respiratória e parada cardiorrespiratória, a polícia suspeita de envenenamento. A substância usada está em análise laboratorial para ser confirmada.
A investigação ganhou um novo rumo quando a polícia de São Paulo procurou a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). O delegado Renato Martins já apurava a morte de Neil, que havia sido denunciada por uma testemunha.
A polícia paulista informou que Ana Paula Veloso, amiga de Michele, havia sido presa. Ana Paula já era denunciada pelo Ministério Público de São Paulo por envolvimento em três outros homicídios por envenenamento em Guarulhos (SP).
A polícia suspeita que as mortes estão conectadas, e Michele e Ana Paula estariam juntas na casa do aposentado, em Duque de Caxias, momentos antes de ele passar mal, após comer a feijoada.
A Justiça autorizou a quebra de sigilo telefônico, que revelou a existência de conversas entre as duas mulheres sobre a hipótese de envenenar o pai de Michele com uma feijoada. As investigações indicam que pai e filha tinham um relacionamento ruim.
A prisão temporária de Michele foi decretada pela Justiça de São Paulo. Ao chegar na delegacia, a estudante negou o crime e chorou. Ela foi encaminhada ao sistema prisional e passará por audiência de custódia.