As consequências devastadoras das enchentes continuam a assolar o Rio Grande do Sul, com a confirmação de mais duas mortes por leptospirose na noite desta quinta-feira (22). Com isso, o estado já contabiliza quatro vítimas fatais em decorrência dessa doença desde o final de abril.
As vítimas mais recentes são dois homens, um de 56 anos, residente em Cachoeirinha, e outro de 50 anos, morador de Porto Alegre, que faleceram nos dias 19 e 18 de maio, respectivamente.
A situação no Rio Grande do Sul é agravada pelas chuvas e enchentes que atingem a região desde o final de abril, resultando em um total de 163 mortes relacionadas a temporais e inundações, conforme dados da Defesa Civil. Além disso, 64 pessoas permanecem desaparecidas até o momento.
A leptospirose, uma doença infecciosa causada pela bactéria Leptospira interrogans, é transmitida principalmente pela exposição direta ou indireta à urina de animais infectados, como roedores. Em situações de alagamentos, a água contaminada com urina de ratos pode infectar humanos, causando desde sintomas leves até complicações graves, incluindo falência de órgãos.
A população é alertada para evitar o contato com águas de enchentes e lama, uma vez que a bactéria pode penetrar no corpo humano através da pele ou mucosas. O Ministério da Saúde destaca que a letalidade média da leptospirose é de 9%, ressaltando a importância da prevenção e tratamento adequado.