A apreensão de um pen drive, durante operação da Polícia Federal (PF) na casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) na última sexta-feira (18), gerou muitas especulações sobre qual seria o conteúdo armazenado no dispositivo. Mas após a corporação realizar perícia no item, constatou que o material tratava-se somente de músicas gospel e poucas fotos, sendo considerado irrelevante para o inquérito.
A informação sobre o conteúdo do dispositivo foi apurada pelo jornalista Túlio Amâncio, da Band, junto a fontes da investigação. A extração dos dados foi feita no Instituto Nacional de Criminalística (INC).
Já na sexta, Bolsonaro disse não saber a procedência do pen drive, e cogitou que ele pudesse pertencer à sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL).
– Uma pessoa pediu para ir ao banheiro e voltou com um pen drive na mão. Eu nunca abri um pen drive na minha vida. Não tenho nem laptop em casa. A gente fica preocupado com isso. Você acha que, se tivesse algo comprometedor – não sou bandido – se tivesse, estaria lá, à disposição? Vou perguntar à minha esposa se era dela – assinalou o líder conservador.
Na ocasião, a Polícia Federal também apreendeu 14 mil dólares em espécie (cerca de R$ 78 mil), R$ 8 mil e uma cópia de uma ação apresentada pela plataforma Rumble contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, movida nos Estados Unidos.
Além das apreensões, Bolsonaro foi alvo de medidas cautelares, incluindo o uso de tornozeleira eletrônica, proibição de se comunicar com embaixadores, diplomatas estrangeiros e outros investigados do inquérito. Ele também terá que permanecer em casa no período noturno de segunda a sexta, e em período integral aos fins de semana.
O ex-líder do Planalto é acusado de liderar um suposto plano de golpe de Estado e pode pegar até 43 anos de prisão. Ele nega as acusações e afirma ser alvo de perseguição política.