Saiba quando pode ocorrer a reunião entre Putin e Zelensky

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, podem se encontrar nas próximas duas semanas graças aos esforços do presidente Donald Trump para pôr fim à guerra, afirmou o chanceler alemão Friedrich Merz à imprensa local, nesta terça-feira (19).


Segundo Merz , Putin concordou com a possibilidade do encontro, em local ainda a ser definido, durante uma ligação telefônica com Trump na segunda-feira (18). O chanceler alemão integrou a delegação de líderes europeus que esteve em Washington para se reunir com Trump e Zelensky, com o objetivo de reafirmar apoio à Ucrânia.

Durante uma pausa nas discussões, Trump ligou para Putin, que “concordou que haveria um encontro entre o presidente russo e o presidente ucraniano dentro das próximas duas semanas”, disse Merz a jornalistas.

O chanceler acrescentou que Trump propôs a reunião para que as negociações de paz possam “verdadeiramente começar”, três anos e meio após a invasão em larga escala da Ucrânia pela Rússia. “Não sabemos se o presidente russo terá coragem de participar de uma cúpula desse tipo. Portanto, é necessário convencimento”, declarou Merz.

Trump disse após as conversas de segunda-feira estar “muito feliz” com o progresso em direção ao fim do derramamento de sangue na Ucrânia, após sua cúpula no Alasca com Putin na sexta-feira anterior.


“Todos estão muito felizes com a possibilidade de PAZ para Rússia/Ucrânia”, escreveu o ex-presidente em suas redes sociais, após quase seis horas de reuniões.

Ele também confirmou ter falado com Putin por telefone e afirmou que, depois do encontro direto entre os dois líderes em conflito, participará em outro momento de uma rodada de conversas trilaterais. “Novamente, este foi um passo muito bom, ainda que inicial, para uma Guerra que já dura quase quatro anos”, afirmou Trump na Truth Social.

A reunião em Washington contou com a presença de representantes da Comissão Europeia, além dos líderes de Finlândia, França, Alemanha, Itália, Reino Unido e da Otan. Esses países devem fornecer a maior parte das forças de paz em caso de um acordo, servindo como uma espécie de garantia de segurança para a Ucrânia.

Merz reforçou que “é absolutamente claro que toda a Europa deve participar” no esforço de encerrar a guerra e oferecer garantias de segurança à Ucrânia.

Apesar das conversas diplomáticas, a possibilidade de encontro ocorre em meio à maior ofensiva de drones russos contra a Ucrânia neste mês. Na noite de segunda-feira, Moscou lançou 270 drones e 10 mísseis contra a cidade de Kremenchuk, segundo a Força Aérea ucraniana.

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, criticou a ação: “Enquanto o duro trabalho para avançar pela paz acontecia em Washington, D.C., Moscou continuava a fazer o oposto da paz: mais ataques e destruição”, escreveu no X.

Embora não tenha havido vítimas, quase 1,5 mil residências ficaram sem energia elétrica, informou o governador da região de Poltava, onde Kremenchuk está localizada.

O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que seus ataques atingiram uma refinaria de petróleo que abastecia as forças militares ucranianas.

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