A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que nove advogados devem acompanhar a sessão de julgamento do líder conservador e mais sete réus do núcleo 1 da suposta trama de tentativa de golpe de Estado a partir desta terça-feira (2).
O grupo será composto pelos advogados Celso Vilardi, Paulo Cunha Bueno, Daniel Tesser, principais defensores do ex-presidente, além de outros advogados e estagiários dos três escritórios que atuam em favor de Bolsonaro.
Celso Vilardi leciona Direito Penal na FGV e já atuou processos de grande repercussão. Entre seus clientes estiveram o ex-tesoureiro petista Delúbio Soares, no caso do mensalão, e a construtora Camargo Corrêa, em processo no qual conseguiu derrubar a investigação da Operação Castelo de Areia. Também atuou na defesa da Andrade Gutierrez durante a Operação Lava Jato e representou o empresário Eike Batista.
Outro nome de peso na defesa do ex-presidente é o professor da PUC-SP Paulo Amador da Cunha Bueno. Ele comanda um escritório de advocacia localizado no Itaim Bibi, em São Paulo, que conta com uma equipe de sete profissionais. Formado no CPOR de São Paulo, ele já integrou o conselho administrativo da fabricante de armas Taurus entre 2011 e 2013. Além disso, participou de competições de tiro esportivo.
Já o advogado Daniel Tesser, que é sócio da banca D.B. Tesser Sociedade de Advogados desde 2006, é especialista nas áreas de direito aduaneiro, tributário e penal econômico. Inicialmente, de acordo com o advogado Paulo Amador, Tesser foi chamado justamente por sua experiência em direito aduaneiro e tributário, que poderia auxiliar no caso da investigação relativa às joias presenteadas pela Arábia Saudita.
O julgamento de Bolsonaro será realizado pela Primeira Turma da Corte, composta pelo relator da ação penal, Alexandre de Moraes, e os ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux.