Saiba quem vai depor na CPMI que apura esquema bilionário no INSS nesta segunda-feira

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve, nesta segunda-feira (1º), o depoimento do advogado Eli Cohen. Considerado peça-chave nas apurações, ele foi o responsável por reunir documentos, registros e comunicações que revelaram um esquema de filiações forjadas e descontos ilegais sobre aposentadorias e pensões.


Segundo o colegiado, o depoimento de Cohen é essencial para detalhar o modo de operação dos investigados. Ele é uma das dezenas de testemunhas já convocadas ou convidadas a prestar esclarecimentos. A lista inclui todos os ex-ministros da Previdência Social entre 2015 e 2025, além de presidentes do INSS e dirigentes de associações mencionadas nas investigações. Também foram aprovadas oitivas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e dos ex-presidentes Jair Bolsonaro (PL) e Michel Temer (MDB).

De acordo com o senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI, o plano é ouvir primeiro os ex-ministros e, em seguida, dirigentes de associações e ex-presidentes do instituto. Caso sejam identificadas contradições nos depoimentos, o parlamentar afirmou que serão realizadas acareações para apurar “quem eventualmente teria mentido”.

As investigações ganharam força em abril, quando a Polícia Federal revelou um esquema de descontos indevidos que atingiu aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024. O prejuízo estimado é de R$ 6,3 bilhões. A operação levou ao afastamento de cinco servidores suspeitos de envolvimento, além da demissão do então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto. O ex-ministro da Previdência Carlos Lupi (PDT) também deixou o cargo após pressões da oposição.

Diante do escândalo, parlamentares pressionaram pela criação da CPMI, instalada em agosto. O colegiado é composto por 15 deputados e 15 senadores titulares, além do mesmo número de suplentes, e terá até 180 dias para concluir os trabalhos.


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