Sarney defende Moraes e critica sanções dos EUA

O ex-presidente da República José Sarney manifestou seu apoio público ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, sancionado pelo governo dos Estados Unidos na última quarta-feira (30) por meio da aplicação da Lei Magnitsky. O posicionamento foi feito durante discurso no 16º Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil, realizado em São Luís (MA).


Sarney criticou duramente as medidas adotadas pelos EUA e afirmou que o país não deve “correr atrás de um doido”. Citando um ensinamento de seu avô, disse: “Nunca corra atrás de um doido, pois você não sabe aonde ele vai”. Para o ex-presidente, é essencial manter a crença no regime democrático e defender a Justiça para assegurar a cidadania e a liberdade no Brasil.

“Eu, pessoalmente, quero apresentar minha solidariedade à Justiça na pessoa do ministro Alexandre de Moraes pelas injustiças que ele está sofrendo e que são coisas absolutamente inacreditáveis que nós vivenciamos”, declarou Sarney, que esteve presente no evento realizado pelo Tribunal de Justiça do Maranhão.

A Lei Magnitsky, aplicada pelo governo do presidente Donald Trump contra Moraes, permite a imposição de sanções econômicas a pessoas acusadas de corrupção ou graves violações dos direitos humanos. Segundo o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, Moraes teria “assumido a responsabilidade de ser juiz e júri em uma caça às bruxas ilegal contra cidadãos e empresas americanas e brasileiras”.

O chefe da diplomacia norte-americana, Marco Rubio, também criticou o magistrado, alegando que Moraes cometeu graves violações dos direitos humanos e afirmou que “as togas judiciais não podem protegê-los”.


Com a sanção, todos os bens e interesses de Alexandre de Moraes nos Estados Unidos, ou sob controle de cidadãos americanos, foram bloqueados e devem ser reportados ao Escritório de Controle de Ativos Estrangeiros (OFAC). Além disso, quaisquer entidades em que o ministro detenha 50% ou mais de participação também foram bloqueadas.

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