Em um revés para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Senado Federal aprovou nesta terça-feira (20) o projeto de lei que extingue a “saidinha” de presos em datas comemorativas. A votação foi expressiva, com 62 votos a favor e apenas 2 contra.
A proposta, que já havia passado pela Câmara dos Deputados, sofreu modificações durante sua análise no Senado, o que demandará uma nova análise pelos deputados federais antes de ser encaminhada para a sanção presidencial.
Nos bastidores do Senado, o governo Lula tentou evitar a aprovação do projeto, porém sem sucesso. Mesmo parlamentares aliados ao governo optaram por votar favoravelmente à medida.
O líder do governo na casa legislativa, Jaques Wagner (PT-BA), reconheceu que algumas lideranças da base instruíram os parlamentares a apoiarem o projeto. Wagner também tomou a decisão de liberar a bancada governista para votar conforme sua convicção durante a sessão. Ele justificou sua postura afirmando: “Não faz sentido orientar uma direção que vai de encontro aos interesses de todos os partidos da nossa base”.
A tramitação célere do projeto no Legislativo foi motivada pelo apelo público gerado após o assassinato do sargento da Polícia Militar de Minas Gerais, Roger Dias, por um detento beneficiado pela “saidinha”.
Em decorrência desse trágico evento, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), relator do projeto de lei, propôs que, após sua sanção, a legislação seja intitulada “Lei Sargento PM Dias”, em homenagem ao policial militar.
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