Vice-prefeito eleito de Maceió, o senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL, foto) colocou a sogra, Rose Marie Ferreira da Hora, em um cargo comissionado na liderança do partido na Câmara dos Deputados.
Segundo a Folha de S.Paulo, ela está no cargo desde agosto, com remuneração de 12.267,18 reais após descontos obrigatórios e auxílios de 1.519,76 reais.
Ao jornal, o Podemos informou que a sogra de Cunha desempenha funções administrativas internas na liderança. No Instagram, ela se apresenta como coordenadora de assuntos condominiais no Cofeci (Conselho Federal de Corretores de Imóveis) do Distrito Federal.
Nepotismo?
A Súmula Vinculante 13 do Supremo Tribunal Federal (STF) proíbe “a nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.
Mais boquinhas no Congresso
Com a escolha de Rodrigo Cunha como vice, o prefeito de Maceió, JHC, encaminhou uma vaga para a própria mãe no Senado.
Isso porque a ex-prefeita Eudocia Caldas (PL) é suplente de Cunha no senado.
A aliança é vista como parte da movimentação de JHC para 2026. O prefeito deve deixar o vice à frente da administração municipal para concorrer ao governo de Alagoas.
Rodrigo Cunha ganhou projeção recentemente, ao relatar o projeto Mover no Senado e retirar da proposta o trecho que previa a chamada “taxa das blusinhas”. À época, a movimentação irritou Lira e o governo Lula (PT) acabou apresentando uma emenda para que a taxação fosse reinserida na proposta.