Senador dos EUA critica prisão de Bolsonaro

O senador norte-americano Shane Jett, que integra o Congresso estadual de Oklahoma, afirmou, em publicação nas redes sociais, que a prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro evidencia uma “situação institucional crítica” no Brasil.


Para o congressista, o país vive uma “ditadura judicial” concentrada nas mãos do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). De acordo com ele, o comportamento do magistrado estaria preocupando defensores de liberdades civis mundo afora.

“Não se trata de um episódio isolado”, escreveu Jett. “Há um padrão claro de tentativas de suprimir um lado político inteiro, afastando Jair Bolsonaro, líder apoiado por milhões de brasileiros, da vida pública e do processo democrático.”

Ele citou ainda relatos de prisões de idosos, penas desproporcionais e até mortes ligadas ao 8 de janeiro, classificando o cenário como resultado de uma “agenda socialista” que, segundo ele, corrói pilares do Estado de Direito.

O senador de Oklahoma lembrou que Moraes já foi formalmente sancionado por autoridades norte-americanas. Nesse sentido, disse que qualquer apoio institucional ao ministro do STF pode gerar “sanções secundárias” previstas em normas internacionais.

Por fim, declarou apoio “irrestrito” a Bolsonaro, ao deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e à família deles. O político norte-americano afirmou que eles têm sido “pilares na resistência” ao que chamou de ameaça às liberdades.


“O objetivo aqui não é vingança; é justiça, estabilidade institucional e o reencontro do Brasil com o papel de referência republicana que um dia inspirou tantas outras nações”, completou Jett.

Termina audiência de custódia de Bolsonaro; ex-presidente segue preso

A Justiça decidiu manter, neste domingo, 23, a prisão preventiva de Bolsonaro, decretada um dia antes por Moraes. Na segunda-feira 24, a 1ª Turma do STF vai analisar a situação do ex-chefe de Estado.

Em depoimento na audiência de custódia, o ex-presidente teria admitido que mexeu na tornozeleira eletrônica durante uma situação de surto. Afirmou, entretanto, não ter objetivo de fugir.

A audiência de custódia ocorreu por videoconferência, na Superintendência da Polícia Federal no Distrito Federal. Além de Bolsonaro, participaram seus advogados e representantes do Ministério Público.

Moraes, responsável pela decisão de prisão preventiva, delegou o julgamento para Luciana Sorretino, juíza auxiliar de seu gabinete no Supremo.

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