Nesta segunda-feira (1º), servidores ambientais federais de 23 estados e do Distrito Federal deram início a uma greve para reivindicar valorização salarial e reestruturação de carreiras nos órgãos do Ministério do Meio Ambiente, Ibama, ICMBio e Serviço Florestal Brasileiro. A paralisação se soma aos funcionários de quatro estados que já haviam iniciado a greve em 24 de junho.
Segundo a Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema Nacional), os servidores estão mobilizados desde janeiro, suspendendo parcialmente suas atividades. No Ibama, por exemplo, as ações de fiscalização foram reduzidas, focando apenas em tarefas internas e burocráticas.
A categoria rejeitou a proposta do governo federal, apresentada em maio, que previa aumento salarial apenas para 2025 e 2026. Com a greve iniciada hoje, quase todas as atividades foram suspensas, exceto aquelas consideradas essenciais ou emergenciais, como prevenção e controle de incêndios, resgate e reabilitação de fauna. O setor de licenciamento ambiental opera com apenas 10% do contingente.
Os primeiros estados a aderir à greve foram Paraíba, Pará, Acre e Rio Grande do Norte. Hoje, também entraram em greve servidores de Goiás, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Tocantins, Minas Gerais, Maranhão, Piauí, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Rondônia, Roraima e Mato Grosso do Sul.
A Ascema Nacional destaca que os servidores enfrentam uma grande disparidade salarial em comparação com outras carreiras do serviço público, como agentes da Polícia Federal e fiscais agropecuários. A equiparação salarial com a Agência Nacional de Águas (ANA), onde o salário final de um analista ambiental é de cerca de R$ 15 mil, enquanto o cargo final de especialista em regulação da ANA chega a R$ 22,9 mil, é um dos principais pleitos dos grevistas.
A greve dos servidores de autarquias como Ibama, ICMBio, Serviço Florestal Brasileiro e Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima segue por tempo indeterminado, aguardando negociações com o governo para resolver as demandas apresentadas pela categoria.
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