Apontado como um dos líderes do grupo que planejava um ataque a bomba no show da cantora Lady Gaga no último sábado (3), Luiz Fabiano da Silva, de 49 anos, voltou a ser preso, em Nova Hamburgo, Rio Grande do Sul, nesta segunda-feira (5). Ele havia já havia sido detido na manhã do último sábado, mas foi liberado após o pagamento de uma fiança de R$ 1518.
Para a juíza Fabiana Pagel, do Núcleo de Gestão Estratégica do Sistema Prisional (Nugesp) do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul, o fato de o suspeito ser investigado por planejar atos de terrorismo, fazer discurso de ódio e manter três armas de fogo, indica ser necessária cautela. Por isso, ela descartou medidas cautelares e ordenou a volta de Luiz para a prisão.
– Quando ideias preconceituosas e discriminatórias são disseminadas livremente, estas não apenas ferem a dignidade de indivíduos e grupos marginalizados, mas também alimentam a intolerância, a violência e a exclusão social – declarou a magistrada.
Silva nega qualquer envolvimento com o grupo extremista.
Batizada de Operação Fake Monster, a ação da Polícia Civil prendeu não somente Luiz no último sábado, mas também apreendeu um adolescente, que armazenava pornografia infantil. Ele também já foi liberado por pagar fiança. Ambos são suspeitos de aturem como líderes do grupo composto por ao menos outros seis integrantes.
Juntos, eles atuavam para aliciar outros voluntários pela internet, a fim de detonar bombas improvisadas e coquetéis molotov durante a apresentação de Gaga, que reuniu mais de 2 milhões de pessoas. O grupo foi identificado após uma denúncia feita no último dia 28 para a Prefeitura do Rio de Janeiro.
No total, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão nos municípios do Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias e Macaé, no Rio de Janeiro; Cotia, São Vicente e Vargem Grande Paulista, em São Paulo; São Sebastião do Caí, no Rio Grande do Sul; e Campo Novo do Parecis, em Mato Grosso.