O pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo (Advec), se pronunciou nesta quinta-feira (14) após ser incluído em um inquérito da Polícia Federal que também investiga o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro e o jornalista Paulo Figueiredo. Em um vídeo publicado nas redes sociais, Malafaia afirmou que está sendo alvo de “perseguição política.
Logo no início do vídeo, o pastor reconheceu a importância da Polícia Federal, mas disse que há setores da corporação “a serviço de Lula e de Alexandre de Moraes”. Ele reclamou de ter tomado conhecimento da inclusão no inquérito pela imprensa, antes de receber qualquer notificação oficial.
– Como eu não sou notificado e a Globo sabe antes? Isso é uma vergonha – indagou.
Malafaia ironizou as acusações de que teria buscado sanções internacionais contra o Brasil, dizendo não falar inglês nem ter contato com autoridades estrangeiras. Ele também negou qualquer crime e garantiu que todas as manifestações que organizou ou vídeos que publicou contra Moraes se enquadram em questionamentos ao descumprimento da lei por parte do ministro do STF.
– Todas as manifestações que eu coordenei, que eu cito ele, [é tudo] baseado na lei, nos crimes que ele tem cometido, e que grande parte da imprensa encobre os crimes de Alexandre de Moraes. Essas são as verdades. Não tenho medo. Pode vir do jeito que vocês quiserem, pode investigar. O que está aí é mais uma prova para onde está indo a democracia brasileira. Querem calar os opositores – disse.
Num tom mais duro, o pastor comparou a atuação da PF ao que foi feito pela “Gestapo do nazismo” e pela “KGB da União Soviética”, afirmando que o país está “caminhando para a venezuelização”, onde “o cidadão não pode criticar autoridades”.
– Eu não vou me calar, porque eu não tenho medo de vocês. Muito pelo contrário. Isso, para mim, soa como algo em que eu vou me posicionar duramente, baseado na Constituição – declarou.
Por fim, Malafaia afirmou que o inquérito é uma “farsa de pseudogolpe” e chamou a atenção de parlamentares e de ministros da Suprema Corte sobre “quem vai parar” a situação.
– Está aí, Supremo Tribunal Federal. Está aí, senadores e deputados. Quem vai parar isso? Que país é esse? Que democracia é essa? É uma vergonha o que estamos assistindo. E se preparem, porque eu vou botar para quebrar. Vocês não me calam. Não tenho medo de prisão. E não tenho medo de investigação política, de pura perseguição. É o que eu tenho a declarar por enquanto – finalizou