Desde janeiro, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) enfrenta crise de abastecimento de medicamentos e insumos básicos. Profissionais de saúde apontaram que a escassez está gerando atrasos nas altas hospitalares, dificultando a liberação de leitos e, em alguns casos, ameaçando a saúde dos pacientes.
Faltam remédios essenciais para tratamento e também para o controle de sintomas e complicações da doença.
Na lista de medicamentos em falta estão morfina, fentanil e baclofeno, antibióticos e até insulina. Os riscos de complicações intestinais aumentam sem as opções de lactulose e loperamida.
Médicos e o pessoal da enfermagem não têm tido luvas cirúrgicas, cateteres e esparadrapo. Fora isso, a ausência de cateter venoso central, por exemplo, compromete o suporte a pacientes críticos.
Diante da carência, famílias de pacientes têm tido que arcar com despesas inesperadas para garantir os medicamentos.
A respeito do caso, o Ministério da Saúde disse que o Inca passaria informações.
Em nota, o Inca explicou que é responsável por fazer as próprias compras de insumos e medicamentos “conforme planejamento técnico rigoroso e dentro das normas estabelecidas”. O texto acrescenta que “eventuais desabastecimentos ocorrem devido a fatores externos, como o desinteresse do mercado em fornecer pequenas quantidades, a alta dos custos de insumos farmacêuticos importados e a saída de fornecedores do mercado brasileiro”. As informações são do jornal O Globo.