O total de casos confirmados de intoxicação por metanol em São Paulo subiu para 23, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (9) pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-SP). Outros 148 casos seguem em investigação, enquanto 152 já foram descartados após análises clínicas e epidemiológicas.
Em ações de fiscalização, bebidas destiladas foram interditadas em uma adega clandestina em Diadema, na região do ABC Paulista. Na capital, uma distribuidora sem licença também foi totalmente interditada após ação conjunta da Vigilância Sanitária Municipal, Sefaz e Polícia Civil. O local apresentava condições sanitárias inadequadas e produtos armazenados a céu aberto.
Desde o início das operações, em 29 de setembro, 13 estabelecimentos foram interditados e 26 fiscalizados por irregularidades fiscais e sanitárias. Até o momento, mais de 18,9 mil garrafas, 100 mil insumos e 378 mil rótulos foram apreendidos, com 45 pessoas presas.
O governo estadual implementou um protocolo inédito no Brasil para identificar a presença de metanol em bebidas alcoólicas, que já está sendo repassado para outros estados. O procedimento inclui amostragem estatística, com 99% de confiabilidade, e análise documental realizada pelo Núcleo de Documentoscopia, que verifica lacres, selos, embalagens e rótulos.
Segundo a SES-SP, 30 casos já foram analisados com o novo sistema. Mesmo sem o laudo completo, os peritos conseguem orientar ações preventivas sobre bebidas com níveis de metanol tóxicos para humanos, reforçando a segurança da população.