Na quinta-feira (14), o Solidariedade expulsou o advogado Hery Waldir Kattwinkel Junior do seu quadro de filiados após a defesa realizada no Supremo Tribunal Federal (STF) para um dos réus dos atos de 8 de Janeiro, Thiago de Assis Mathar.
Durante o julgamento na tarde de ontem, o advogado criticou os ministros Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso.
De acordo com o partido de esquerda, o advogado protagonizou um “grotesco espetáculo de ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal” durante o julgamento em vez de “se limitar a desempenhar as legítimas funções que se espera de um advogado”.
Segundo a legenda, o advogado endossou “discurso de ódio, não raro permeado de fake news, que contaminou parte da sociedade brasileira”.
O partido diz ainda que “logo após a sua lamentável participação no julgamento de hoje, já passaram a circular nas redes sociais do referido filiado diversas mensagens alusivas à sua pretendida candidatura nas eleições do próximo ano” e que, “desta forma, mostra-se uma insuperável incompatibilidade entre a linha de atuação política do Sr. Hery Waldir Kattwinkel Júnior e o partido Solidariedade”.
De acordo com a nota do partido, “o Solidariedade é um partido político com inabalável compromisso com a defesa do Estado Democrático de Direito e jamais admitirá que qualquer de seus filiados afaste-se desse inegociável princípio com o regime democrático”.
A legenda também diz que “não se alegue que o Sr. Hery Waldir Kattwinkel Júnior limitou-se a cumprir suas funções como advogado, na medida em que, ao se dedicar a proferir ataques pessoais aos Ministros do Supremo Tribunal Federal e verbalizar fake news propagada contra um dos magistrados, já há muito desmentida pela verdade dos fatos, extrapolou o seu papel como advogado, transformado a sustentação oral em um tosco e raso discurso político para agitar grupos antidemocráticos que há poucos meses conspiraram e atacaram violentamente as sedes dos Três Poderes da República, e com especial fúria o Supremo Tribunal Federal”.
“A adoção dessa linha política só pode partir de quem preza por formas autoritárias de exercício de poder ou tem uma noção degenerada do que vem a ser um regime democrático”.
“Definitivamente, o Solidariedade não é o lugar para pessoas com essa categoria de pensamento e prática política” e que “quem se valer de qualquer espaço para difundir discursos de ódio para angariar apoio de movimentos que visam minar ou derrubar as instituições democráticas brasileiras definitivamente não encontrará espaço neste partido político”, completou.
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